Aquifero Guarani, Lencol Freatico, Reservatorio Natural de Agua

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Construção de poços tubulares profundos

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Os mesmos locais por onde o aqüífero é alimentado pelas chuvas podem servir de entrada para poluentes clandestinos. Por isso esses pontos devem ser protegidos. Felizmente, as partes do Guarani mais profundas e mais distantes dos afloramentos estão seguras, pois antes de conseguir descer 100 metros de rocha, os agrotóxicos se degradam e perdem o poder de veneno.

Por ora, pouca gente se beneficia desse dilúvio natural. Existem aproximadamente 15.000 poços artesianos cavados em todo o aqüífero. É pouco, se comparado com as 7.000 perfurações existentes só na cidade de São Paulo. De todos os municípios que estão sobre ele, apenas um com mais de 500.000 habitantes utiliza exclusivamente a água do Guarani: Ribeirão Preto (SP).

Em outros lugares, o depósito é fonte de lazer. As cidades de Salto, no Uruguai, Francisco Beltrão, no Paraná, e Araçatuba, em São Paulo, abriram poços com mais de 1.000 metros de profundidade para encher piscinas quentes de balneários. Até os lavradores das zonas ameaçadas de desertificação, como o oeste do Rio Grande do Sul e o cerrado goiano, podem usufruir do aqüífero. Ali, onde os rios estão lentamente secando, os poços poderão garantir safras maiores, alega a Embrapa.

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